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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Foi Kabum

     Foi kabum e não Big bang como afirmam os especialistas. Da ponta de uma agulha surge o universo.  
     E desde então ele não pode ser medido,  muito meticuloso,  se esconde ao se expandir, deixando todos intrigados, curiosos sobre onde esconde sua face. Aquele que olhar em seus olhos descubrirá toda a verdade de todos os "porquê". 
     Diante de mim as estrelas, assim as admiro. Em relação a elas não sou nada,  apenas uma forma passageira de existir,  um parasita que pensa.  O que pensaria uma estrela se pudesse ela pensar?  
     Por um instante pude acreditar ser o mundo, não sentia mais dor nem alegria,  era repleto de paz mesmo quando sobre mim são travadas guerras.  
     Por ser mundo não questiono sobre onde estamos,  eu sou o que sou estando onde estou.  Um passo ao lado,  seria outro além de mim. Não quero justificativas,  não preciso entender. Não quero por não saber o que é querer.  Não sou aquele que olha,  sou aquele que costuma ser visto.
     Eu estava além,  dentro e diante de mim um sol. Dançando ao meu lado sorridente, minha Lua,  tão perto e astuta,  dependo de ti para controlar os mares que salivam rebeldia. 
     Por vezes me sinto doente,  mas não o suficiente para me matar, sou parte do ciclo eterno que nos recicla.  
     Não poderei morrer, mas aquele que carece de vida te aguardarei ansioso.  Tu não alcançará os céus,  entrará no meu corpo e fará parte de mim, e para o universo te guio. 
     Num instante vazio, posterior a minha apoteose planetária,  acordei pequeno,  humano,  cansado,  com dívidas e dúvidas.  
     Novamente kabum,  a explosão que cria deu lugar a que extermina. Para morrer basta estar vivo disse alguém que provavelmente estava repetindo um outro alguém que já dizia. 
     No instante em que terminar, não tenho malas para carregar tudo que aprendi, deixo um legado ou aceito o esquecimento.

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