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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ele Podia Sonhar

Era um menino diferente dos outros meninos, esse rapaz gostava de sorrir, e como todas as musicas dos mais irritantes gênios, nosso menino era capaz de ir além do que se esperava dele. Um menino que por ser diferente podia sonhar.

Sempre que se propor a realizar um sonho, pense que num futuro não muito distante, você não poderá mais realizá-lo. Sonhos dependem da nossa disposição e de nossa ação. Um dia me peguei sonhando, como era tolo alguém tão velho quanto eu me dar ao luxo de sonhar. Hoje estou velho, devo viver com a agonia dos meus sonhos não realizados. Mas naquela tarde eu sonhei, e nesse sonho eu era jovem novamente, e isso podia me dar todo as possibilidades de sonho que um jovem menino tem.

Hoje eu sou um homem novo, renovado, realizado e realizando  (tem o mesmo valor). Certa manhã meu mundo mudou, era como acordar e ver que a realidade é muito mais cruel do que todas as mentiras somadas. Eu posso parar agora e tentar voltar. Mas uma hora voltamos ao mesmo ponto, e vamos desejar regressar, o erro é querer voltar e não tentar seguir adiante. No final do caminho você não deve voltar ao inicio, deve ir além. Lá moram todas as incertezas, todos os sonhos perdidos e todas as respostas.

Mas teimoso e medroso, voltei novamente. Depois que ficamos frustrados, é fácil se apagar em sonhos antigos, dando a eles um novo valor. Mas eis que surge uma barreira, você não é o mesmo de quando sonhou aquilo pela primeira vez, aquilo era alimento  das necessidades de um eu que você não é mais hoje, logo você estará novamente frustrado.

E quando a gente morre, o que acontece? Vou testar todas as minhas fés e crenças, vou dizendo a verdade que eu precisava. Tanto faz, eu não me importo, pois a importância que dou é do tamanho da insignificância que tenho. Eu perco mais minha fé tentando explicar do que ela pode ser renovado esperando pelo acaso.

E hoje antes do meu mundo acabar, o seu mundo e de todos os outros acabaram antes, depois disso não existiu mais nada, mas eu pude ver. Esse era o paraíso,  onde não existem frustações, nem dor, nem fome, nem inveja e nenhum outro sofrimento ou prazer. Nesse novo mundo não havia mundo, não havia eu, não havia você, nem havia nada.

No fim, era uma subtração. Depois que aceitamos o zero, nossa matemática evoluiu, aceite um novo zero como o fim e evolua também. Mas não deixe de sonhar