Era um menino diferente dos outros meninos, esse rapaz
gostava de sorrir, e como todas as musicas dos mais irritantes gênios, nosso
menino era capaz de ir além do que se esperava dele. Um menino que por ser
diferente podia sonhar.
Sempre que se propor a realizar um sonho, pense que num futuro
não muito distante, você não poderá mais realizá-lo. Sonhos dependem da nossa
disposição e de nossa ação. Um dia me peguei sonhando, como era tolo alguém tão
velho quanto eu me dar ao luxo de sonhar. Hoje estou velho, devo viver com a
agonia dos meus sonhos não realizados. Mas naquela tarde eu sonhei, e nesse
sonho eu era jovem novamente, e isso podia me dar todo as possibilidades de
sonho que um jovem menino tem.
Hoje eu sou um homem novo, renovado, realizado e realizando (tem o mesmo valor). Certa manhã meu mundo
mudou, era como acordar e ver que a realidade é muito mais cruel do que todas
as mentiras somadas. Eu posso parar agora e tentar voltar. Mas uma hora
voltamos ao mesmo ponto, e vamos desejar regressar, o erro é querer voltar e
não tentar seguir adiante. No final do caminho você não deve voltar ao inicio,
deve ir além. Lá moram todas as incertezas, todos os sonhos perdidos e todas as
respostas.
Mas teimoso e medroso, voltei novamente. Depois que ficamos frustrados,
é fácil se apagar em sonhos antigos, dando a eles um novo valor. Mas eis que
surge uma barreira, você não é o mesmo de quando sonhou aquilo pela primeira
vez, aquilo era alimento das
necessidades de um eu que você não é mais hoje, logo você estará novamente frustrado.
E quando a gente morre, o que acontece? Vou testar todas as
minhas fés e crenças, vou dizendo a verdade que eu precisava. Tanto faz, eu não
me importo, pois a importância que dou é do tamanho da insignificância que
tenho. Eu perco mais minha fé tentando explicar do que ela pode ser renovado
esperando pelo acaso.
E hoje antes do meu mundo acabar, o seu mundo e de todos os
outros acabaram antes, depois disso não existiu mais nada, mas eu pude ver.
Esse era o paraíso, onde não existem
frustações, nem dor, nem fome, nem inveja e nenhum outro sofrimento ou prazer.
Nesse novo mundo não havia mundo, não havia eu, não havia você, nem havia nada.
No fim, era uma subtração. Depois que aceitamos o zero,
nossa matemática evoluiu, aceite um novo zero como o fim e evolua também. Mas
não deixe de sonhar